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Leycesteria formosa

Arbusto pequeno de caules ocos e globulares, folha caduca e pequenas flores pendentes e terminais que se assemelham a brincos-de-princesa.

Nome científicoLeycesteria formosa Wall.

Nome vulgar: silva-mansa, madressilva-dos-himalaias

FamíliaCaprifoliaceae

Estatuto em Portugal: integra a Lista Nacional de Espécies Invasoras (anexo II do Decreto-Lei nº 92/2019, de 10 julho).

Nível de risco: (em desenvolvimento)

Sinonímia: Leycesteria formosa var. brachysepala Airy Shaw, Leycesteria formosa var. formosaLeycesteria formosa var. glandulosissima Airy Shaw 

Data de atualização: 18/08/2023 | Perfil elaborado pela Equipa do projecto LIFE+ Terras do Priolo.

Ajude-nos a mapear esta espécie no nosso projeto de ciência cidadã  "invasoras.pt" no BioDiversity4All/iNaturalist. Contribua submetendo registos de localização desta espécie onde a observar.

Avistamentos actuais da espécie: 
Família: 

Como reconhecer

Arbusto pequeno até 2,5m com caules erectos, ocos e lustrosos.

Folhas: simples, caducas, opostas, ovadaslanceoladasacuminadas com até 240 mm.

Flores: as brácteas vermelhas ou roxas que rodeiam as pequenas flores nas inflorescências terminais são uma característica distintiva.

Frutosbaga grande, brilhante, negra, acastanhada ou roxa com 7-10 mm.

Floração: no verão ou início do outono.

Espécies semelhantes

Espécie relativamente distinta, principalmente quando tem flor ou fruto não sendo muito fácil confundi-la com outra.

Características que facilitam a invasão

A  planta atinge a maturação sexual em 2 a 3 anos e reproduz-se por via seminal com a produção de centenas a milhares de sementes/planta/ano. A sua dispersão é feita por endozoocoria e hidrocoria. A plantação em jardins e bermas de estradas também facilita a sua dispersão.

Área de distribuição nativa

Índia, Sudoeste da China.

Distribuição em Portugal

Invasora no arquipélago dos Açores (ilhas Terceira e São Miguel).

Para verificar localizações mais detalhadas e atualizadas desta espécie, verifique o projeto invasoras.pt que criamos no BioDiversity4All (iNaturalist). Estes mapas ainda estão incompletos – precisamos da sua ajuda! Contribua submetendo registos de localização da espécie onde a observar.

 

Áreas geográficas onde há registo da presença de Leycesteria formosa Wall.

Outros locais onde a espécie é invasora

Austrália, Califórnia e Nova Zelândia.

Razão da introdução

Introdução intencional para fins ornamentais.

Ambientes preferenciais de invasão

Pastagens abandonadas, encostas declivosas, caminhos onde a vegetação seja baixa e esparsa. Muito frequente em florestas de laurissilva, zimbrais, turfeiras e em margens de linhas de água.

Impactes nos ecossistemas

A espécie forma manchas densas que alteram a estrutura, a abundância e a própria sucessão ecológica dos ecossistemas que invade. Impede o desenvolvimento da vegetação nativa e reduz a diversidade de espécies por competição e recrutamento.

Impactes económicos

Potencialmente, custos elevados na aplicação de medidas de controlo.

Habitats Rede Natura 2000 mais sujeitos a impactes

– Curso de água alpinos com vegetação ripícola herbácea (3220);
– Florestas esclerófilas mediterrânicas ( Laurissilva macaronésica) (9360).

O controlo de uma espécie invasora exige uma gestão bem planeada, que inclua a determinação da área invadida, identificação das causas da invasão, avaliação dos impactes, definição das prioridades de intervenção, seleção das metodologias de controlo adequadas e sua aplicação. Posteriormente, será fundamental a monitorização da eficácia das metodologias e da recuperação da área intervencionada, de forma a realizar, sempre que necessário, o controlo de seguimento.

As metodologias de controlo usadas em Leycesteria formosa incluem:

Controlo físico

Arranque manual: o método manual é a forma mais eficaz de controlo das plantas. A extracção total da raiz e da planta requer mão-de-obra e tempo de trabalho, no entanto, é viável e aconselhável em locais de fácil acesso, com baixo perigo de erosão ou em pequenas manchas próximo de populações de espécies raras e em perigo. Os resíduos vegetais e fragmentos podem ser deixados no local a secar. Efetuar a remoção com o tempo e solo húmido para facilitar a remoção da raiz.

 

Visite a página Como Controlar para informação adicional e mais detalhada sobre a aplicação correta de algumas destas metodologias.

González G (2006) Los árboles y arbustos de la Península Ibérica e Islas Baleares (Especies silvestres y las principales cultivadas).  Ediciones Mundi-Prensa. Disponível: aqui [Consultado 16/10/2015].

Silva L, Corvelo R, Moura M (2008) Leycesteria formosa Wall. In: Silva L, E Ojeda Land & JL Rodríguez Luengo (eds.) Flora e Fauna Invasora da Macaronésia. TOP 100 nos Açores, Madeira e Canárias, pp. 376-377. ARENA, Ponta Delgada.

Silva L, Marcelino J, Resendes R, Moniz J (2009) First record of the top invasive plant Leycesteria formosa (Caprifoliaceae) in Terceira Island, Azores. Arquipélago. Life and Marine Sciences 26: 69-72.

Schäfer H (2005) Flora of the Azores. A Field Guide. Second Enlarged e-dition. Margraf Publishers, Weikersheim.

The Plant List. Leycesteria formosa Wall. Disponível: http://www.theplantlist.org/tpl1.1/search?q=Leycesteria+formosa [Consul... 08/10/2015].