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Hydrangea macrophylla

Arbusto até 3 m de folhas grandes com grupos de flores vistosas que variam de cor (rosada, branca, azul,…) em função do pH do solo.

Nome científicoHydrangea macrophylla (Thunb.) Ser.

Nome vulgar: hortênsia, novelão, novelos.

FamíliaHydrangeaceae

Estatuto em Portugal: integra a Lista Nacional de Espécies Invasoras (anexo II do Decreto-Lei nº 92/2019, de 10 julho).

Nível de risco: 13 | Valor obtido de acordo com um protocolo adaptado do Australian Weed Risk Assessment (Pheloung et al. 1999), por Morais et al. (2017), segundo o qual valores acima de 13 significam que a espécie tem risco de ter comportamento invasor no território Português | Actualizado em 30/09/2017.

Sinonímia: Hydrangea macrophylla subsp. chungii (Rehder) E.M. McClint., Hydrangea macrophylla f. hortensia (Regel) Rehder, Hydrangea macrophylla var. macrophylla

Data de atualização: 28/11/2016 | Perfil elaborado pela Equipa do projecto LIFE+ Terras do Priolo.

Ajude-nos a mapear esta espécie no nosso projeto de ciência cidadã  "invasoras.pt" no BioDiversity4All/iNaturalist. Contribua submetendo registos de localização desta espécie onde a observar.

Avistamentos actuais da espécie: 
Família: 

Como reconhecer

Arbusto ascendente a ereto, vigoroso, de folha caduca, densamente ramificada e esbranquiçada.

Folhasopostas, simples, ovadas e agudas com margem serrada. A sua dimensão pode atingir os 20 cm.

Flores: reúnem-se numa cimeira corimbosa; as flores na periferia podem ser férteis ou estéreis. Tem 4 sépalas, branco, azul, púrpura ou rosa, dependendo do pH do solo e 5 pétalas, normalmente azul.

Frutos: pequena cápsula inferior a 5 mm.

Floração: maio a julho.

Espécies semelhantes

Características que facilitam a invasão

A espécie reproduz-se por via vegetativa através de fragmentos da planta. A sua dispersão é feita a partir de pequenos fragmentos por hidrocoria e/ou facilitada pela plantação muito frequente.

Área de distribuição nativa

China, Japão e Coreia.

Distribuição em Portugal

Minho e arquipélagos dos Açores e da Madeira.

Para verificar localizações mais detalhadas e atualizadas desta espécie, verifique o projeto invasoras.pt que criamos no BioDiversity4All (iNaturalist). Estes mapas ainda estão incompletos – precisamos da sua ajuda! Contribua submetendo registos de localização da espécie onde a observar.

 

Áreas geográficas onde há registo da presença de Hydrangea macrophylla (Thunb.) Ser.

 

Outros locais onde a espécie é invasora

Norte de Espanha e Nova Zelândia.

Razão da introdução

A introdução foi intencional para compartimentação dos terrenos e edificação de sebes.

Ambientes preferenciais de invasão

Pastagens abandonadas, encostas declivosas, caminhos onde a vegetação seja baixa e esparsa. Muito frequente em florestas de laurissilva, zimbrais, turfeiras e em margens de linhas de água.

Impactes nos ecossistemas

A espécie tem capacidade de alterar a morfologia dos solos e as suas densas manchas alteram a estrutura, a abundância e a sucessão ecológica dos ecossistemas que invade. Impede o desenvolvimento da vegetação nativa e reduz a diversidade de espécies por competição e recrutamento.

Impactes económicos

Potencialmente, custos elevados na aplicação de medidas de controlo.

Habitats Rede Natura 2000 mais sujeitos a impactes

– Turfeiras altas activas de Sphagnum (7110);
– Turfeiras de cobertura de Sphagnum  (7130);
– Turfeiras arborizadas (91D0).

O controlo de uma espécie invasora exige uma gestão bem planeada, que inclua a determinação da área invadida, identificação das causas da invasão, avaliação dos impactes, definição das prioridades de intervenção, seleção das metodologias de controlo adequadas e sua aplicação. Posteriormente, será fundamental a monitorização da eficácia das metodologias e da recuperação da área intervencionada, de forma a realizar, sempre que necessário, o controlo de seguimento.

As metodologias de controlo usadas em Hydrangea macrophylla incluem:

Controlo físico

Arranque manual:  o método manual é o mais eficaz para áreas pouco invadidas e/ou pequenas plantas. Toda a planta deve ser removida (folhas, inflorescência e rizoma) sem deixar resíduos e/ou fragmentos para evitar a sua regeneração. O método manual requer muita mão-de-obra e tempo, no entanto, é o mais viável e aconselhável para locais de fácil acesso, com baixo perigo de erosão, em pequenas manchas e próximo de populações de espécies raras e em perigo.

 

Visite a página Como Controlar para informação adicional e mais detalhada sobre a aplicação correta destas metodologias.

DAISIE European invasive">Invasive Alien species">Species Gateway (2012) Hydrangea macrophylla (Thunb.) Ser.. Disponível: http://www.europe-aliens.org/speciesFactsheet.do?speciesId=17202 [Consu....

Silva L, Corvelo R, Moura M, Fernandes FM, Ojeda Land E (2008) Hydrangea macrophylla (Thunb.) Ser. In: Silva L, E Ojeda Land & JL Rodríguez Luengo (eds.) Flora e Fauna Invasora da Macaronésia. TOP 100 nos Açores, Madeira e Canárias, pp. 251-254. ARENA, Ponta Delgada.

Schäfer H (2005) Flora of the Azores. A Field Guide. Second Enlarged edition. Margraf Publishers, Weikersheim.

Jeménez S, Coelho R, López Y, Silva C (2013) Guia de Controlo de Espécies Exóticas invasoras">Invasoras. Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Lisboa.

The Plant List. Hydrangea macrophylla. Disponível: http://www.theplantlist.org/tpl1.1/search?q=Hydrangea+macrophylla [Cons... 08/10/2015].